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Olinda em 25 dicas que só uma pernambucana pode dar.

Atualizado: 5 de fev. de 2023




Alerta bairrismo! Esse texto foi escrito por uma pernambucana, criada em Olinda, recente moradora de Brasília. Se você não aguenta relatos apaixonados sobre a Cidade, este não é o espaço ideal.

Bom, o que o carnaval de Olinda tem a oferecer vocês talvez já tenham uma certa noção, mas o que vocês talvez não saibam, são aqueles cantinhos olindenses que só quem é de lá conhece. Então, aproveitando o carnaval se aproximando, segue um pouquinho do que você pode aproveitar em Olinda.


OLINDA EM 25 DICAS:


Todos os anos tenho amigxs de diversos lugares indo para Olinda e me pedindo dicas. Assim, senti a necessidade de criar uma espécie de "guia do visitante", com algumas coisas que o(a) olindense ama, e que vale a pena ser compartilhado, o que chamei de "Olinda em 25 dicas".


1. Conhecer o Alto da Sé e comer uma tapioca. Lá, além da linda vista, você encontrará diversas barraquinhas de tapioqueiras. Particularmente, adoro a da Dona Jura. Costumava sentar com ela por horas, conversando e até vendo novela em uma TV preto e branca. Ao lado das tapioqueiras ficam as barraquinhas de drinks. Vale provar uma caipiroska. Eu adoro a de Josias, outra figura bem conhecida e que tem a melhor caipiroska da vida (licença para a megalomania pernambucana, aqui). Vale puxar um papo com eles e entender toda a movimentação do Alto da Sé. Ainda no Alto da Sé, tem a Casa dos Bonecos Gigantes, com bonecos do carnaval de Olinda;

2. Comer uma macaxeira na Casa de Noca (@casadenocarestaurante). Fica em uma rua no meio da Ladeira da Misericórdia e tem uma das melhores macaxeiras da Cidade. O prato vem super bem servido. Mas em Olinda não vai faltar lugar com uma boa macaxeira ou um bom escondidinho (um purê de macaxeira, geralmente, com carne de sol ou charque);

3. Suba a Ladeira da Misericórdia e imagine subir aquilo dançando frevo no meio de um bloco, em pleno Carnaval. Acredite, você sobe feliz. Durante o carnaval poderá se divertir com os comentários das pessoas que ficam falando palavras de incentivo para quem está subindo. A subida vale a pena, já que terá a melhor vista de Olinda, a melhor tapioca e a melhor caipiroska;

4. Vá até os Quatro Cantos, peça uma cerveja no Bar do Peneira e fique um tempo lá na frente. Se der sorte, vai ver várias figuras de Olinda e, quem sabe, algum maracatu ou bloco de frevo. Durante o Carnaval, é um dos lugares mais disputados, onde você pode acompanhar a maioria dos blocos;

5. Pertinho dos Quatro Cantos tem o Grêmio Musical Henrique Dias. Lá eles sempre têm algum ensaio das melhores orquestras de frevo;


6. ATUALIZADO (Infelizmente a Dacy faleceu e o bar encontra-se fechado, mas deixei esse post em homenagem a essa figura histórica e que era muito querida minha. A portinha de lá ainda existe) Ao lado da Henrique Dias, tem o Bar da Dacy. Uma plaquinha minúscula e um vãozinho que você não diz que é um bar. Ele só abre mais tarde porque é um dos poucos bares de Olinda que pode ficar aberto até o amanhecer. Ele é local dos artistas terminarem as noites. Sempre tem gente tocando e cantando. E muito bem! Você pode até se juntar aos músicos e músicas, sem ninguém achar estranho. O bar recebe de taxistas a músicos da cidade e já recebeu figuras conhecidas da música brasileira. Não à toa a Dacy é citada em uma das músicas da Banda Eddie: "Não vou, não vou, não vou embora, Dona Dacy nos Quatro Cantos é bom demais...".

7. O Mercado Eufrásio Barbosa (@mercadoeufrasiobarbosa) foi reaberto e super vale uma ida. Lá dentro você encontra o Museu do Mamulengo, a Livraria CEPE e, ainda, o Teatro Fernando Santa Cruz, que tem apresentado uma programação de espetáculos para todos os gostos e idades. Lá também funciona um Centro de Artesanato. Vale se ligar na programação do Mercado e do Teatro;

8. Acompanhar se está tendo algum evento na Casa da Rabeca. Saia um pouco do Sítio Histórico e dê um pulo lá na Cidade Tabajara. Lá funciona o Centro Cultural Casa da Rabeca. O local é reduto da família Salustiano, fundada pelo saudoso Mestre Salu, considerado um dos maiores rabequeiros do país. No local, é comum apresentações de shows e atividades culturais envolvendo ritmos como Cavalo Marinho, Forró Pé-de-serra, Maracatu, Ciranda, Coco de Roda e Caboclinho. Só acessar www.casadarabeca.com.br pra saber o que está rolando por lá.

9. Se a ideia é dançar, procure por shows de bandas locais como a Eddie (@bandaeddieoriginal), Academia da Berlinda (@academia_da_berlinda_oficial_), e muitas outras, e vai ver os galerosos e galerosas de Olinda (como são, carinhosamente chamados(as), os(as) moradores da Cidade).

10. Não deixe de curtir o nosso forrozinho. Os(as) olindenses são loucos(as) por um forró, em especial, o forró de rabeca. O forró tem rolado solto no Casbah, especialmente, nas quartas-feiras.;

11. Bodega de Véio (@bodegadeveiooficial). Lugar bem conhecido e que já virou destino turístico, mas que ainda conserva seu ar de bodega. Uma bodeguinha que todo mundo faz happy hour lá (quase sempre o Benedito da Macuca tá tocando na frente), mas que os moradores também costumam fazer umas comprinhas. Se quiser beliscar, peça o habitual “tábua de frios e queijos” ou a empada de queijo do reino. E não deixe de experimentar, ou até levar para casa, o tradicional bolo de rolo. Não vai sair de Pernambuco sem provar. Por favor!

12. Sambada de Coco do Guadalupe. Geralmente acontece todo primeiro sábado do mês, na Rua João de Lima (Beco da Macaíba), no bairro do Guadalupe. O evento celebra a cultura negra da periferia olindense e você pode ver apresentações de coco e de afoxé. Dá para acompanhar pela página da Mãe Beth de Oxum (@beth_deoxum). Outro coco, no mesmo estilo, é o Coco do Pneu, no Amaro Branco (@cocodopneu). Com uma tradição de mais de trinta anos, o coco de roda acontece no Beco do Pneu, no Bairro do Amaro Branco, com a programação a consultar;

13. Para quem curte a noite e os fins de noite (como eu hehe), pode procurar pela Casa Criatura, Casbah, Bar do Amparo, Barrio, Clube Atlântico (esse com programação mais esporádica) Para as saideiras sem ou quase sem fim, a dica está sendo a Olinda Conveniência, na Rua 13 de Maio, e a Fogo de Occa, ao lado do Clube Atlântico, no Carmo.

14. Prestar atenção nas figuras icônicas da Cidade. Se encontrar um jovem bastante enfeitado, exibindo várias pulseiras, colares, etc, pelas ladeiras, é o Dudu (@dudupontual). Das figuras icônicas e queridas de Olinda. O Dudu estará em todos os melhores eventos da Cidade ou dando uma caminhada, sempre reverenciado pelos(as) moradores(as). Durante os blocos, nas prévias ou fora delas, também verá um homem segurando uma bruxinha gigante, ou um outro que dança frevo com uma enorme sombrinha de frevo. Wellington das Olinda também é uma figura bastante conhecida. Com ar fechado e falando a maioria das vezes sozinho, ele está sempre passeando pela cidade. Além disso, ainda pode cruzar com algum músico das conhecidas bandas pernambucanas. Não dá para esquecer, claro, de Alceu Valença, que tem a sua casa na Rua de São Bento;

15. Mercado da Ribeira. Tem um centro de compras, um pequeno museu com bonecos gigantes e é lá que alguns maracatus ensaiam. Sábado à tarde é um bom dia para tentar ver algum ensaio. Mas, durante o carnaval, é certeza aproveitar vários grupos de maracatu;

16. Se gostar de igrejas vá na de São Bento. O altar, todo em ouro, já foi levado para ser exposto na França. No carnaval saem blocos bem legais, de lá. Também não deixe de conferir as igrejas do Carmo e da Sé (Igreja São Salvador);

17. Elevador da caixa d’água no Alto da Sé. Tem uma vista linda e é de onde sai o Bloco “Enquanto Isso na Sala de Justiça”, que tem uma performance com o homem aranha;

18. Passar pela Prefeitura. É onde tem a maior concentração de gente no carnaval. Embora todas as ruas fiquem bem cheias rs;

19. Andar e entrar nas lojinhas e ateliês da Rua Prudente de Moraes e da Rua do Amparo. E se você quer uma roupa tipicamente olindense, não deixe de passar no ateliê da Período Fértil, descendo a Prefeitura, na Rua 15 de Novembro.

20. Conhecer a sede da Pitombeira dos Quatro Cantos (@turmadapitombeira), na Rua de 27 de janeiro. Um dos blocos mais antigos e tradicionais de Olinda. E se for visitar Olinda a partir de setembro, não perder os ensaios do Bloco;

21. Seresta de Olinda. Todas as sextas-feiras A concentração começa às 20h, ou da Focca (faculdade) ou da igreja de São Pedro. São duas orquestras que se revezam. Ela termina por volta das 1h, andando pela cidade alta e parando na frente das casas. É bastante tradicional e um xodó meu, em Olinda;

22. Andar pela Rua do Amparo. A rua concentra vários barzinhos e você ainda encontra moradores sentados nas calçadas. Em frente à Bodega de Véio tem a casa do sanfoneiro Benedito da Macuca, figura popular em Olinda, que costuma ficar tocando em sua calçada, em frente da Bodega de Véio;

23. Provar o Pau do Índio, na rua do Amparo, na casa que fabrica a bebida. Tem um índio grande grafitado. Não tem erro;

24. Provar o Axé de Fala, quase em frente de onde vende o Pau do Índio. Eles meio que competem e são bebidas típicas de Olinda. Suas receitas são mistério, mas garantem não dar ressaca rs;

25. Seguindo pela Rua do Amparo, chegar até o Bonsucesso e conhecer a sede do Homem da Meia Noite (@homemdameianoiteoficial), o boneco gigante mais aguardado do Carnaval de Olinda.


Por fim, deixe se perder pelas ruas dessa linda Cidade Histórica e descubra pessoas, sabores e outros cantinhos gostosos. Que tal compartilhar suas descobertas aqui?



Fotos Luciana Ribeiro e texto em colaboraçãocom Cyntia Coelho.

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