Histórias de Viagens
- djlainedolinda
- 8 de ago.
- 2 min de leitura
Capítulo 1 – O dia em que tudo começou
Eu sempre quis ser independente e viajar... Fui morar sozinha aos 19 anos, casei (formalmente) aos 23. Muito nova e, para mim, sempre faltava a emoção de uma viagem. Eu nem sabia direito o que era viajar, mas sabia que queria isso.
Em determinado momento da vida eu trabalhava em um lugar que me fazia viajar bastante, mas, na época, eu era casada. Saía algumas vezes com amigos do trabalho pós trabalho, mas nunca tinha saído sozinha.

Quando me separei, ainda estava nesse emprego — e teve um dia que eu, ainda superando a separação, resolvi sair. Pensei bastante se deveria ou não ir. Estava em João Pessoa, numa viagem a trabalho. Liguei para uma amiga, disse a ela que estava com vontade de sair, e ela me disse para ter cuidado, mas me incentivou. E eu fiquei pensando: será que vale a pena? Mesmo com aquela sensação estranha, resolvi ir. Pensei: “Qual é a diferença que vai fazer? Eu vou, escolho um lugar para sentar... e se eu não gostar, volto para o meu hotel.”
E assim eu fiz. Encontrei um barzinho onde estava tocando música. Resolvi entrar. Assim que entrei, dei de cara com um rapaz bonito, sentado sozinho numa mesa. Mas tudo que eu queria, naquele momento, era ficar só. Viver aquela experiência de estar saindo sozinha pela primeira vez. Sentei numa mesa de costas para ele, pedi uma bebida. Em determinado momento, ele se aproximou e perguntou se podia sentar. E eu pensei: “Por que não?” Tivemos uma conversa massa! Ele tinha ido para aquele lugar com os pais, era de São Paulo, e passamos a noite inteira conversando. Na hora de ir embora, ele me levou até o hotel. Eu disse a ele que não estava pronta para ter nada, e ele respeitou. Me deu o telefone dele e voltei para o quarto.
Naquele mesmo dia, passei a noite pensando em tudo aquilo. E então resolvi mandar uma mensagem para ele. Naquela época, só existia SMS. Mandei mesmo assim — e ele respondeu, muito querido, como foi a noite inteira. A gente passou a se falar. E continuamos nos comunicando até que resolvi encontrá-lo mais uma vez. Nosso segundo encontro já foi em uma cidade de Pernambuco — ele foi até lá para me ver. Foi um encontro incrível. A partir dali começamos uma história que seguiu ainda por alguns encontros em São Paulo, onde ele morava.
Essa foi a minha primeira experiência saindo sozinha. Depois disso, tudo se tornou mais fácil. É como se tivesse aberto um portal para um mundo que antes eu não conhecia: o mundo de sair sozinha, de poder fazer o que eu quisesse sozinha, e de me deixar viver possibilidades de encontros. Tinha muita coisa que estava por vir...

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